6° e 7° Encontros – (10/05 e 24/05)

Os encontros a seguir serão postados juntos devido a obra, que foi trabalhada, ser a mesma.

“Educação como Prática da Liberdade” de Paulo Freire é uma obra fundamental que redefine a educação como um processo de libertação e conscientização. Freire, com sua visão revolucionária e humanista, nos conduz por uma reflexão profunda sobre o papel da educação na transformação social e na emancipação dos oprimidos.

Freire argumenta que a educação deve ir além da simples transmissão de conhecimento; deve ser um ato de liberdade que capacita os indivíduos a questionarem e transformarem sua realidade. Ele critica o modelo tradicional de educação bancária, onde os alunos são vistos como recipientes passivos de conhecimento, defendendo, em vez disso, uma pedagogia dialogal, baseada na troca de saberes e na valorização das experiências de vida dos educandos.

Para o nosso grupo de pesquisa, que adota uma perspectiva pós-estruturalista e decolonial, a obra de Freire oferece uma base teórica e prática indispensável para repensarmos a educação como um processo de construção coletiva de conhecimento. Freire nos inspira a ver a sala de aula como um espaço de diálogo, onde todos são co-criadores do saber e a educação se torna um instrumento de conscientização crítica e ação transformadora.

Freire enfatiza a importância da conscientização (conscientização) como um processo pelo qual os indivíduos reconhecem as estruturas de opressão que os cercam e se mobilizam para transformá-las. Esta abordagem crítica ressoa profundamente com a pesquisa narrativa, pois valoriza as histórias e vivências dos indivíduos como fontes legítimas e poderosas de conhecimento. Ele nos lembra que cada pessoa traz consigo um universo de saberes que deve ser reconhecido e valorizado no processo educativo. Em “Educação como Prática da Liberdade”, Freire também aborda a necessidade de uma educação que promova a autonomia e a liberdade dos educandos. Ele nos desafia a criar práticas pedagógicas que não apenas transmitam conhecimento, mas que também desenvolvam a capacidade crítica e a criatividade dos alunos, capacitando-os a serem agentes ativos de sua própria libertação.

Para nosso grupo, que promove debates e eventos sobre decolonialidade e temas sociais relevantes, a obra de Freire é um guia essencial. Ele nos encoraja a lutar contra as práticas educativas que perpetuam a desigualdade e a exclusão, e a trabalhar por uma educação que seja verdadeiramente inclusiva e emancipatória. Sua visão de uma educação transformadora e libertadora é um chamado à ação para todos que acreditam no poder da educação para mudar o mundo.

Freire nos ensina que a educação é um ato de amor e coragem, que exige um compromisso profundo com a justiça social e a igualdade. Ele nos lembra que, como educadores e pesquisadores, temos a responsabilidade de criar espaços onde todas as vozes possam ser ouvidas e todas as histórias possam ser contadas. Esta perspectiva é especialmente relevante para nosso grupo, que busca promover uma abordagem decolonial e inclusiva em nossas práticas e pesquisas.

Em resumo, “Educação como Prática da Liberdade” é uma obra visionária que desafia e inspira todos os que estão comprometidos com a transformação social através da educação. Paulo Freire nos oferece uma visão poderosa de como a educação pode ser um caminho para a liberdade e a emancipação, e um lembrete constante de que a verdadeira educação deve sempre buscar a justiça e a dignidade para todos.

Bibliografia:

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.